O supervisor de Pós-produção:
Com 12 anos de idade, o publicitário Pedro Magalhães começou seus projetos de animação 3D e 2D, se tornou generalista em pós-produção, dirigindo e produzindo trabalhos reconhecidos no Brasil e no exterior. Multifacetário, atuou diretamente no desenvolvimento e direção de diversos longa-metragens, videoclipes, comerciais, animações e séries de tv.
FILME 1: ‘‘GOSMENTO’’
Nesse filme teremos 3 momentos de VFX:
A explosão da cabeça
Para esta cena o ideal será produzir a explosão de gosma em chroma (ou luma) para aplicação posterior em comp. O efeito produzido é sempre melhor por carregar as informações corretas de luz do ambiente e também simplificar efeitos como a gosma interagindo com possiveis cenários em volta e sujando as coisas.
exemplo de explosão de liquido captada em chroma
2. A cabeça reconstituindo
O cenário ideal seria escanear a cabeça do Porchat em 3D, isso traria agilidade e também fidelidade para o processo.
Porém como teremos apenas 8 horas com o ator, provavelmente teremos que fotografar a cabeça dele de vários angulos e modelar manualmente a cabeça dele depois. Ter o porchat modelado em 3D também nos ajudará no filme 2.
Essa cena seria ideal começar com a transformação em 3D, fazendo um morph para a cabeça real depois.
Pra esse efeito vamos gravar o ator em fundo chroma para facilitar o plate de cenário atrás e evitar rotoscopias excessivas. Na pós a cabeça do ator original será recortada para depois colocarmos a cabeça do Porchat crescendo no lugar. Vamos ter que inserir em pós o fundo da gola da camisa, que será retirado com a cabeça original.
A gosma também terá um protagonismo na formação da cabeça, fazendo a transição entre o estado gosma e o estado ‘‘real’’.
3. A troca de cabeça
Para inserir a cabeça do Porchat no corpo dos atores em todos os filmes nós precisamos gravar o acting do Porchat em chroma, na mesma iluminação e local das cenas do ator principal. Depois vamos encaixar a cabeça dele no outro corpo com tracking e roto, tomando sempre cuidado em manter os mesmos angulos de câmera e lentes. Um ótimo exemplo desse tipo de trabalho é o filme ‘‘O pequenino’’ dos irmãos Wayan.
FILME 2: ‘‘TREM’’
Nesse filme vamos brincar com aquela cena clássica de desenhos animados da qual um personagem pinta um tunel falso e ele acaba reagindo com um ‘‘plot twist’’.
Além do ator em live action vamos contar com um cenário e um personagem completamente em 2D.
Pra esse roteiro vamos desenvolver uma personagem que será a responsável pela pintura do tunel.
Vamos trabalhar com uma animação baseada em trabalhos dos anos entre 30 e 40.
As etapas de criação desse personagem contará com estudos previos de arte conceitual , seguindo depois de folhas de estilo que servirá como um manual de expressões faciais, corporais, etc.
Uma ótima referencia que podemos seguir é do jogo de 2017 ‘‘Cuphead’’, do qual foram feitas animações baseadas nos classicos dos anos 30, com cores vibrantes, aberrações cromáticas e até mesmo uma simulação de ranhuras e defeitos de rolos de filmes. É moderno e ao mesmo tempo trazendo a nostalgia das animações que tanto marcaram esse cenário.
Outro detalhe importante das animações dessa época é que os cenários eram pintados com tinta, e seria bacana manter isso no nosso filme
Porchat em 3D:
Nesse filme também faremos uso do Porchat em 3D para fazer a cena dela achatado, e depois inflando até virar o Porchat de verdade.
O Porchat nesse filme deverá ser gravado inteiramente em estúdio chroma, para aplicar ele sobre a animação 2D depois. Para a última cena na qual ele estará em um sofá em um ambiente 3D, vamos precisar produzir um sofá também em chroma para ele poder sentar e assim substituir ele pelo animado depois.
Trem em 3D:
Nesse filme também contaremos com um trem em 3D, que fará interação com o cenário em 2D e que será usado também para mídia impressa.
FILME 3: ‘‘ÔNIBUS’’
Para o filme 3 vamos basicamente usar a técnica já descrita no filme 1, para trocar a cabeça do ator pela cabeça do Porchat.
*Estamos à disposição para sanar qualquer dúvida.