O diretor/supervisor de Pós-produção:

Com 12 anos de idade, o publicitário Pedro Magalhães começou seus projetos de  animação 3D e 2D, se tornou generalista em pós-produção, dirigindo e produzindo trabalhos reconhecidos no Brasil e no exterior. Multifacetário, atuou diretamente no desenvolvimento e direção de diversos longa-metragens, videoclipes, comerciais, animações e séries de tv.

 

PONTO CENTRAL:

Valorizar os verdadeiros símbolos que são do Rio de Janeiro, com linguagem provocativa, divertida e narrativa curiosa, despertando a curiosidade do espectador e a vontade de engajar.


1.ESTÉTICA VISUAL:

O Rio de Janeiro, assim como o Brasil em geral, é um lugar incrivelmente rico e diverso. Com suas paisagens deslumbrantes, praias famosas mundialmente e uma cultura vibrante, o Rio nunca deixa de encantar seus visitantes. Além disso, a cidade é uma verdadeira mistura de culturas, refletindo a diversidade do povo brasileiro. Desde a grandiosidade do Cristo Redentor ao charme do bairro de Santa Teresa, há sempre algo novo e emocionante para descobrir no Rio. Sem dúvida, essa metrópole cosmopolita é um verdadeiro tesouro, assim como todo o Brasil, com sua fauna exuberante, culinária variada e uma riqueza cultural que encanta o mundo.

Um verdadeiro encontro de criatividade e versatilidade, uma abordagem que não se prende a um único estilo, mas busca integrar diferentes técnicas, influências e formas de expressão em uma harmonia visual única. Nessa estética, é possível ver a mistura de elementos minimalistas com elementos mais ornamentados, traços orgânicos com linhas geométricas e texturas naturais com superfícies mais tecnológicas. O resultado é um design verdadeiramente eclético, que surpreende e cativa pelo seu equilíbrio entre o tradicional e o contemporâneo, o simples e o complexo. Cada detalhe é cuidadosamente escolhido para criar uma composição visual autêntica, onde todas as técnicas se complementam e contribuem para uma experiência estética única e encantadora.
Foto, video, flat, volumétrico, monocromático, colorido… tudo é possível e bem-vindo aqui!

Cores

Tropical

Tropica Vintage

Tropical Pastel

Vermelho Bob’s

A principio podemos começar trabalhando com uma paleta Tropical, porém desdobrando para uma paleta Tropical Vintage ou Tropical Pastel, mas ainda assim utilizando algum filtro quente no final, puxando tudo um pouco pro vermelho, mas contrastando com algum azul, também vintage ou apastelado.

Confuso? Sim! Nesse carnaval visual, para manter leituras e silhuetas no filme, é preciso tirar um pouco da saturação das cores pro design funcionar. Trabalhar com texturas, grãos, papel, retículas, um branco para quebrar e compor, e por cima um vermelho Bob’s para algum texto por exemplo.

Nesse filme, que tem uma linguagem mais trivia/documental, não precisamos ficar muito presos à cor comercial em tudo. Apenas saber pontuar ela quando preciso.

No final as cores vão se definir quando criarmos os primeiros styleframes e o design “conversar” de volta com a gente.

Texturas

Textura é sensação. A textura é sempre vista antes mesmo de poder ser tocada com nossas mãos.
No design, texturas trazem vida orgânica e criam interesse visual. Sem elas tudo se torna flat. O design flat tem seu lugar, sua hora e seu impacto. Mas não aqui, e não nesse filme.
Nosso filme é online, e estará sempre empregado em um universo flat (redes sociais… navegadores), precisamos que ele se levante em um cenário web, proporcionando um senso de profundidade, natureza, e que seja mais do que apenas um outro gráfico em uma webpage.

Movimento

[Loc.] Pensa rápido: o que representa o Rio de Janeiro para você?

[Loc.] Ah! Claro. A gente já sabia que viria na cabeça mate. biscoito. praia. natureza. chinelo. gente bonita. funk. samba. bar. água de coco....o nosso Rio é cheio de ícones.

O movimento do filme vai variar por cena, no início por exemplo dá pra brincar com cortes ou transições rápidas, pois a locução estará descrevendo com agilidade vários elementos do senso comum sobre o Rio.

Mas em alguns momentos vamos precisar desacelerar e dar tempo de leitura, seja para os ícones, imagens ou textos.

2. Técnica:

Pra essa proposta podemos fazer o uso de absolutamente qualquer técnica de animação (que principalmente o prazo permita). O que pode nos limitar guiar serão os elementos utilizados, uma vez que precisamos retratar de alguma forma ícones reais do Rio, como estátuas, comidas, bebidas, etc.

Dessa forma vamos pensar qual a melhor técnica para um determinado elemento. Por exemplo, quando representarmos o Cristo Redentor, por ser uma figura bastante conhecida, vai ser fácil achar até mesmo ele modelado em 3D.
Então podemos escolher usar ilustração, foto de banco, filmagem, 3D…

StopMotion (real ou fake):

Podemos trabalhar com um stop motion fake, talvez usando um video ou foto e trabalhando os frames de uma forma com que pareça um stop motion real, com umas flickadas.

Animação 3D:

Podemos trabalhar também com animação 3D, recriando os produtos e cenários de forma virtual, e na animação até mesmo simular o stop motion, com frames quebrados, dando a ilusão de que foi gravado como tal. Um 3D renderizado em 12fps em um video rodando em 24 fica muito legal.

Animação de recorte:

A animação de recorte não tem erro, é bem provável que ela tenha grande destaque no filme. Podemos trabalhar com fotos do Rio e animar nesse estilo.

Animação 2D (Motion graphics e/ou tradicional):

O motion graphics 2D também deverá representar uma parcela boa do filme, é com ele que vamos dar vida aos mais variados elementos, de fotos à ilustrações e gráficos. Já a animação 2D tradicional é a cereja do bolo de qualquer projeto, porém é algo que demanda técnica e tempo absurdos, então precisamos avaliar direitinho onde usar, e em qual nível de complexidade.

3. Referências Master:

4. Sound Design:

Como podemos observar nos vídeos acima, o sound design é uma peça fundamental! Ele é crucial para criar um ambiente sonoro que complementa o humor e a dinâmica esperados pelo roteiro. Efeitos sonoros bem aplicados podem acentuar as piadas, tornando-as ainda mais engraçadas e memoráveis. Além disso, a trilha sonora cuidadosamente selecionada pode acrescentar uma camada adicional de humor, ajudando a estabelecer o tom e o ritmo da peça. Em última análise, o sound design adequado em um anúncio cômico contribui para uma experiência envolvente e impactante, aumentando a probabilidade de o público se conectar com a mensagem e reter a marca em sua memória.

5. Algumas sugestões gráficas:

[Loc.] Pensa rápido: o que representa o Rio de Janeiro para você?

(lettering grande em destaque na tela)

Podemos criar um lettering com um fundo feito de vários recortes/ilustrações dos variados ícones clichês do Rio.

[Loc.] Ah! Claro. A gente já sabia que viria na cabeça mate. biscoito. praia. natureza. chinelo. gente bonita. funk. samba. bar. água de coco....o nosso Rio é cheio de ícones.

(mosaico com várias ilustrações/pictogramas desses elementos)

As ilustrações do título se transformam em um mosaico tomando toda a tela

[Loc]: Mas mermão, você não fica bolado de pensar que muitos desses ícones nem do Rio de Janeiro são?

(tela estremecendo/sinais de ??)

Barulho de disco arranhando e o Estado do Rio aparece bolado no mapa (brincadeira com o meme famoso dos videos do youtuber Pedro Daher)

[Loc]: Papo reto. Claro que ambos são uma delícia! Mas por que a gente deixou um biscoito paulista e um mate curitibano jogarem um caô e dominaram nosso estilo de vida e as nossas praias se nem daqui eles são?

(tela mostrando ilustração remetendo a um Biscoito Globo saindo do pacote e quebrando e um Mate caindo na areia. Reforço infográfico puxando seta e escrevendo São Paulo e Curitiba saindo de ambos)

Essa cena pode ser um bom momento para misturar 3D com animação tradicional. Em uma etapa de storyboard podemos colocar isso em uma sequencia de telas, mas a ideia seria um biscoito globo saindo da embalagem e sendo pisado por um pé gigante de chinelo, e com um movimento de camera subindo, a gente consegue ver que na cintura desse personagem tem aquele tipico galão de matte, e a mão dele abre a torneira, deixando o Matte sair. (Em outra etapa explicarei melhor)

[Loc].: A gente se amarra e uma vez se criando no Rio não poderia ser diferente: tem todo o mérito ser considerada uma das maravilhas do mundo. Mas por que só uma estátua presente da França domina todos os nossos cartões-postais com tantas outras estátuas e monumentos daqui?

(tela mostrando ilustração remetendo ao Cristo Redentor com nuvens chovendo e dando raios. Infográfico puxando seta e escrevendo França)

O Cristo é uma figura fácil de achar em banco de fotos e em 3D, então aqui podemos aproveitar para trabalhar um movimento de camera com uma transição legal.

[Loc].: Hum, pera aí! Na real estamos ruim de estátuas famosas. Um escritor mineiro, um piloto de São Paulo, uma atriz francesa e um cantor americano acabaram roubando a cena também.

(tela mostrando ilustração de estátuas do Ayrton Senna, Michael Jackson, Drummond de Andrade e Brigite Bardot e câmeras fotográficas fazendo vários cliques)

Aqui acho que a única solução bacana seria animar fotos das estátuas, dando vida pra elas. é preciso checar juridicamente se podemos usar fotos dessas obras.

[Loc].: E por que um calçadão ganhou tanta fama e se tornou um símbolo tão forte (e pow, é lindo demais as ondas!) mas as próprias pedras que o formam já entregam outra origem que não daqui.

(tela percorrendo calçadão de Copacabana em ilustração. Infográfico puxando seta e escrevendo Pedras Portuguesas)

Aqui seria legal animar o calçadão como se fossem ondas mesmo, e podemos colocar até uma bike, patinete ou patins (o que formais comum no Rio) passeando por ele

[Loc.:] Aliás são dos mesmos portugueses que batizaram nosso morro mais famoso e até hoje não “abrasileiramos”, tá ligado?

(tela mostrando ilustração Morro Pão-de-acúcar)

Ótimo momento para trabalhar uma colagem de fotos do Pão-de-açucar, com o bondinho passando e tudo. Momento ideal para um lettering também para compor o design.

[Loc.:] Pega a visão: é muita galera de fora e gringo querendo dominar o nosso espaço e se tornar ícone do nosso Rio.

(alfinetada Mc Donalds e Burger King. Um palhaço e um rei feito de areia desmoronando no chão)

Cena difícil… não é fácil representar uma estátua de areia em desenho, pois a textura é importante para passar a idéia. Talvez adaptar a descrição da cena? Talvez desenhos na areia sendo levados por uma onda? É preciso pensar com cuidado nessa cena.

[Loc.] E quando não são eles, a gente mesmo vacila. Tem cabimento a gente construir um mirante tão incrível e colocar arquitetura e nome de vista chinesa?

(tela mostrando vista chinesa em ilustração)

[Loc.] Devia ser vista carioca. Vista fluminense. Vista do Rio de Janeiro. De todo o povo do Rio de Janeiro.

(tela mostrando imagens rápidas em ilustração do Rio de Janeiro/lifestyle)

Aqui podemos trabalhar com um binoculo turistico em 3D, e quando a camera entrar na lente, aparece uma colagem de uma vista literalmente chinesa. Com um chicote de camera podemos mostrar colagens do “verdadeiro” Rio na sequência.

[Loc.] E não tem problema tudo isso ter ganhado fama do Rio de Janeiro, não! Mas a gente sabe que tem muitas outras coisas naturais do Rio de Janeiro para também se tornarem ícones.

(tela mostrando passinho, mostrando mesa de bar, mostrando natureza...)

Aqui pode ser uma mistura de 3D com 2d, fotos e videos. Dá pra fazer uma mesa de bar em 3D com um copo de cerveja em 2D, representar o passinho com uns chinelos dançando e umas palmeiras e araras compondo uma transição por exemplo.

[Loc.]: Então, por que não começarmos a valorizar mais o que é nosso? Valorizar o que nasceu, cresce, se cria e faz também brilhar muito essa cidade....esse estado. Essa terra maravilhosa.

(tela mostrando mais elementos não valorizados do Rio. Altinha, Frescobol...)

Nesse momento sinto que precisamos descrever mais “elementos não valorizados do Rio”, como um mosaico para contrapor ao mosaico do início. Afinal apontamos várias coisas que não são do Rio, e poucas que são.

[Loc.:] Pois se é sobre ícones representando nosso Rio que estamos falando, os mais famosos deveriam ser os que são naturais daqui, não é mesmo?

(tela mostrando pessoa comendo Bob's. Setinha puxando e colocando Rio de Janeiro/Brasil)

[Loc.: assinatura]: Assim como o Bobs. Orgulho de ser cria do Rio de Janeiro.

(lettering final com assinatura da campanha e logo)

Aqui precisamos de um momento épico. Da mordida no sanduiche podemos cortar pra ele dando uma cambalhota e caindo em uma colagem com vários ícones do Rio. Quando ele pousar pode vir uma mão e espetar uma bandeira em cima dele escrito Rio (ou de fato a bandeira do Rio).

A marca do Bob’s lambe a tela e assina.

Fim!


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